Bancos Públicos de Desenvolvimento são responsáveis por 10% dos empréstimos na América Latina e no Caribe

Washington, 18 de junho- Os empréstimos dos Bancos Públicos de Desenvolvimento (BPD) da América Latina e do Caribe superam US$ 700 bilhões ao ano e essas instituições gozam de uma solidez operacional e financeira inédita que lhes permite ampliar suas operações em áreas como o financiamento da mitigação da mudança climática e de políticas para o desenvolvimento produtivo, segundo um estudo divulgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os bancos públicos deixaram de ser um peso nas contas fiscais em vários dos países da região. (Ver nota en español)


Ainda assim, as instituições deverão prosseguir em seus esforços de fortalecimento institucional, particularmente na área de governança corporativa, e demonstrar seu impacto no desenvolvimento de modo a mobilizar recursos do setor privado e apoiar segmentos vulneráveis da economia.

O texto analisa a relevância dos BPD nos sistemas financeiros atuais, seus instrumentos financeiros e não financeiros que podem se tornar mais efetivos, os fatores institucionais fundamentais para o sucesso e a forma de abordar novos desafios, como a mitigação da mudança climática.

Há 56 BPD operando na região, entre eles instituições como o Banco Estado do Chile, o Banco de Desarrollo Empresarial da Colômbia e a Nacional Financiera do México.

“Os bancos públicos deixaram de ser um peso nas contas fiscais em vários dos países da região”, disse Fernando de Olloqui, especialista em mercados financeiros do BID e principal autor do estudo. “Se prosseguirem na trajetória de melhoria operacional e financeira e demonstrarem seu impacto para o desenvolvimento, as instituições de financiamento público estarão em uma posição invejável para consolidar sua relevância na próxima década, particularmente em relação a desafios mais complexos, como a mudança climática”.

Apesar de contar com instituições de grande porte, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), opeso relativo dos BPD nos sistemas financeiros se manteve constante ao longo dos últimos 10 anos. A participação média dos BPD nos empréstimos totais em cada país é de cerca de 10%.

Segundo otrabalho intitulado “Bancos Públicos de Desarrollo: ¿Hacia un Nuevo Paradigma?” (Bancos Públicos de Desenvolvimento: em busca de um novo paradigma?), em anos recentes os BPD apresentaram uma melhora notável em seu rendimento, obtendo um retorno sobre o patrimônio líquido de 14% em 2010, em comparação com um déficit de 1% em 2000. No entanto, o estudo adverte que ainda existem bancos públicos na região com problemas estruturais importantes, em geral atribuíveis a uma falta de clareza em seu mandato e a sistemas de governança corporativa que não permitem a tomada de decisões em benefício exclusivo do BPD.

Em anos recentes, os BPD têm procurado ampliar suas atividades para novos setores, como energias renováveis, mitigação e adaptação à mudança climática, educação, moradia social, microempresas, inovação e cadeias produtivas.

Com ativos que, em conjunto, equivalem a cerca de 25% do PIB da região, incluindo o Brasil, os BPD podem proporcionar financiamentos importantes para mitigar os efeitos da mudança climática, criando um ambiente favorável para os investimentos necessários, além de alavancar recursos próprios e internacionais, segundo o estudo.

O trabalho é a principal publicação anual do Departamento de Instituições para o desenvolvimento (IFD) do BID.

BID: Bancos Públicos de Desarrollo representan 10% de colocaciones de América Latina y el Caribe
Washington, 18 de junio.- Las colocaciones de los Bancos Públicos de Desarrollo (BPD) de América Latina y el Caribe superan los US$700.000 millones al año y gozan de una solidez operacional y financiera inédita que les permite ampliar sus operaciones en áreas como el financiamiento de la mitigación al cambio climático y de políticas para el desarrollo productivo, según un estudio divulgado por el Banco Interamericano de Desarrollo (BID).

No obstante, las instituciones deberán continuar sus esfuerzos de fortalecimiento institucional, particularmente en el área de gobernanza corporativa, y demostrar su impacto en el desarrollo, de manera que movilicen recursos del sector privado y apoyen a segmentos vulnerables de la economía.

El texto analiza la relevancia de los BPD en los sistemas financieros de hoy, sus instrumentos financieros y no financieros que pueden ser más efectivos, los factores institucionales clave para el éxito, y la forma en qué pueden abordar nuevos desafíos como la mitigación del cambio climático.

En la región operan 56 BPD, que incluyen instituciones como el Banco Estado de Chile, el Banco de Desarrollo Empresarial de Colombia y la Nacional Financiera de México, entre otras.

“Los bancos públicos han dejado de ser un lastre en las cuentas fiscales en varios de los países de la región”, dijo Fernando de Olloqui, especialista de mercados financieros del BID y autor principal del estudio.

 “Si siguen en la trayectoria de mejora operacional y financiera y demuestran su impacto en el desarrollo, las instituciones de financiamiento público estarán en una inmejorable posición para consolidar su relevancia en la próxima década, particularmente para los desafíos más complejos, como es el cambio climático”.

A pesar de tener instituciones de gran tamaño como el Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), el peso relativo de los BPD en los sistemas financieros se ha mantenido durante los últimos 10 años. La participación promedio de los BPD dentro de las colocaciones totales en cada país representa alrededor del 10 por ciento.

Según el trabajo titulado “Bancos Públicos de Desarrollo: ¿Hacia un Nuevo Paradigma?”, en años recientes, los BPD han tenido una notable mejora en su rendimiento, obteniendo una utilidad sobre patrimonio del 14 por ciento en el 2010, frente a una pérdida de 1 por ciento en el 2000. Sin embargo, el estudio advierte que continúan existiendo bancos públicos en la región con problemas estructurales importantes, generalmente atribuibles a una falta de claridad en su mandato y a sus sistemas de gobernanza corporativa que no permiten tomar decisiones en beneficio exclusivo del BPD.

En años recientes los BPD han procurado ampliar sus actividades a nuevos sectores como energías renovables, la adaptación y mitigación del cambio climático, educación, vivienda social, microempresas, innovación y cadenas productivas.

Con activos que en su conjunto es equivalente a un 25 por ciento del PIB de la región, incluyendo Brasil, los BPD pueden aportar valioso financiamiento para mitigar los efectos del cambio climático, creando un entorno favorable para las inversiones necesarias y apalancar recursos propios e internacionales, según el estudio.

El trabajo es la publicación anual principal del Departamento de Instituciones para el Desarrollo (IFD) del BID. Avances, del SELA.
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