El nuevo escenario de las fuerzas políticas en Brasil
En la correlación de fuerzas, la coalición que puede vincularse al oficialismo es muy amplia e implicará un juego de cesiones para el gobierno de Dilma. De acuerdo con las alianzas electorales, la presidente contará con el apoyo del 59% de los diputados y el 50% del Senado. Esto puede cambiar si Dilma Rousseff logra traer de nuevo al PTB, que participó de la coalición de Aècio Neves. Sin embargo, uno de los principales aliados del gobierno, el PSB, decidió abandonarlo en 2013.
PIA Noticias - 28/10/2014. Dilma Rousseff fue reelecta como presidente con el 51,64 por ciento sobre el 48,36 por ciento del candidato del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB). La diferencia de 3.459.963 millones de votos se torna escasa en un país de más de 200 millones de habitantes y en el que 12 de 27 estados optaron por la derecha del derrotado Aecio Neves. En el Congreso, la mayoría del oficialismo depende de las negociaciones que establezca con los partidos aliados, entre ellos el Movimiento Democrático Brasileño que también dirigirá siete gobernaciones. Mientras, Rousseff promete una reforma política, histórica demanda de las organizaciones populares.
Luego de la primera ronda electoral, los números indicaban que en Cámara Baja y en el Senado, el Partido de los Trabajadores y los partidos aliados seguirían teniendo la mayoría pese a la pérdida de legisladores. En ese momento se tenían en cuenta las bancas logradas por el Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), espacio político que condicionó su apoyo a Rousseff en segunda vuelta y que será un sector que impondrá dura negociación en la relación Legislativo –Ejecutivo.
En la correlación de fuerzas, la coalición que puede vincularse al oficialismo es muy amplia e implicará un juego de cesiones para el gobierno nacional, para así poder capitalizar los 304 representantes en Cámara Baja frente a los 139 de Neves. Del otro lado, la oposición salió fortalecida en el Congreso, en un abanico de conservadores y neoliberales, con personajes que se reivindican como apolíticos, detractores de los derechos sociales y aliados a los más tradicionales poderes corporativos.
Los resultados del balotaje fueron muy ajustados, y en algunas regiones Rousseff quedó millones de votos por debajo del Partido de la Social democracia Brasileña (PSDB)y viceversa. En Sao Paulo, por ejemplo, el opositor superó el 64 por ciento de los votos con una ventaja de más de 6,5 millones de sufragios. También alcanzó más del 60 por ciento en Paraná, Acre y el Distrito Federal.
No obstante, Rousseff se impuso en 15 de los 27 estados (principalmente en las regiones más pobres del norte y noreste), y alcanzó importantes diferencias en distritos como en Bahía – con más de dos millones de votos de diferencia-, Ceará (76 por ciento de votos), Goiás, Minas Gerais (pese a ser lugar de origen de Neves), Rio Grande Do Norte (69 por ciento de votos), entre otros.
En relación a las gobernaciones, el Distrito Federal de Brasilia quedó en manos del opositor Partido Socialista Brasileño (PSB). No obstante, el hasta ahora aliado PMDB obtuvo la representación ejecutiva de los estados de Rio de Janeiro y Rio Grande do Sul, con la mayoría de siete estados en total. Luego, el PT y PSDB tienen cinco gobernaciones cada uno, informó el Folha de S. Paulo.
En la primera ronda, la actual mandataria había triunfado con el 41,59 por ciento, pero en la segunda vuelta debía enfrentarse al fuerte partido neoliberal que sumó el apoyo de la ex candidata Marina Silva, quien había sido la elegida por las corporaciones empresariales, de los agronegocios y mediáticas para erigirse como presidente en primera vuelta. En ese marco, Rousseff incrementó el acompañamiento popular en más de 11 millones de votos, mientras que Neves en más de 16 millones.
Reeleita, Dilma mantém maioria no Congresso no 2º mandato
Dilma terá apoio de 40 senadores e 304 deputados, mas alguns partidos flertam com oposição
Após ser reeleita com 51,6% dos votos válidos neste domingo (26), a presidente Dilma Rousseff (PT) deve manter o apoio da maioria dos parlamentares no Congresso Nacional em 2015. Se todas as alianças estabelecidas antes das eleições forem mantidas, a presidente terá 304 deputados e 40 senadores na base do seu governo. Mas alguns partidos flertam com a oposição.
Isso significa 59% dos 513 deputados na Câmara e 50% do Senado. O maior desafio da presidente será, assim como aconteceu no primeiro mandato, manter sob controle a ampla base de apoio. O número de congressistas na base aliada no segundo mandato é menor do que no início do governo, de 340 deputados e 62 senadores.
Grande parte da base é composta por PT e PMDB, maior aliado do governo e partido do atual vice-presidente Michel Temer, que, juntos, somarão 168 senadores e deputados federais na próxima legislatura. O número corresponde a um terço da composição total das duas Casas.
Os 513 deputados e 27 senadores eleitos neste ano tomarão posse no dia 1º de fevereiro do próximo ano. Destes, 319 são filiados a partidos que compõem a coligação que apoia a reeleição de Dilma Rousseff — PT, PMDB, PR, PRB, PROS, PDT, PC do B, PP e PSD.
Na Câmara dos Deputados, Dilma contará com uma base formada por 304 parlamentares. Para que emendas à Constituição sejam aprovadas são necessários 308 votos favoráveis de deputados. Entretanto, a base aliada mais sólida continuaria sendo a do Senado Federal com 40 senadores. No Senado, são necessários os votos, no mínimo, de 49 senadores para aprovar emendas constitucionais.
Para o diretor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), Antônio Augusto Queiroz, o cálculo pode mudar. Ele ressalta que por questão de sobrevivência ou de conveniências políticas, os partidos podem romper com as alianças e mudar de lado no jogo político.
— A Dilma parte do patamar de 40 senadores e 304 deputados. Ela pode facilmente trazer de volta o PTB, que estava na coligação do Aécio.
Base menos sólida
O especialista ressalta que o apoio será menor do que no primeiro mandato e que a petista deverá enfrentar maior dificuldade na relação com o Congresso Nacional a partir de 2015.
— O segundo mandato vai ser muito mais difícil do que o primeiro em termos de apoio, sem dúvida nenhuma. Tanto por ter uma base menos sólida como pelo crescimento da oposição.
Dilma ainda enfrentará o rompimento com o PSB, um dos principais aliados do PT durante os 12 anos à frente do Planalto. Em setembro de 2013, os socialistas decidiram sair do governo e lançar a candidatura do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República.
Com isso, os partidos PHS, PPS, PRP, PPL e PSL se juntaram para apoiar Campos, e posteriormente Marina Silva na corrida presidencial. Com a saída de Marina da disputa, a maior parte da Coligação Unidos pelo Brasil declarou apoio à Aécio Neves.
Outro partidos que lançaram candidatura própria como PV, PSC e PRTB seguiram o mesmo caminho e reforçaram a campanha do ex-governador de Minas Gerais durante o segundo. De acordo com o dirtetor do Diap, todos esses partidos devem seguir a tendência e fazer oposição ao Governo nos próximos 4 anos.
Para o professor da UnB e cientista político, David Fleischer, a relação do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com o vice-presidente Michel Temer pode desestabilizar a relação da base com o governo. Segundo Fleischer, Cunha pode liderar dissidentes do partido em favor próprio e acelarar o desgaste da relação PMDB-PT.
— Tudo indica que Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, quer ser o presidente da Câmara e com o apoio do PSDB e dos outros partidos talvez ele consiga se eleger, apesar de o PT ter maior bancada da Câmara. R7.com