La infraestructura en la Integración Sudamericana

Si observamos la participación de las regiones en el comercio mundial, verificamos que la Unión Europea realiza más del 65% de su comercio intramuros, Asia más del 45%, y otro tanto ocurre con América del Norte. De allí la necesidad de profundizar la integración entre nuestros países sudamericanos, cuyo comercio intraMercosur alcanza sólo el 15%. Regiones de América del Sur hoy afectadas por asimetrías demográficas, de producción industrial en términos de desarrollo energético y de ciencia y tecnología, deben ver saldada su deuda social y ser integradas con urgencia a través de la energía y la conexión de redes de transporte – rodovías, ferrovías e hidrovías, dando lugar a redes de transporte de masa rápido, con calidad y confort, como los logrados en la UE a través del desarrollo. En este sentido, el libro “La infraestructura como centro de integración sudamericana”, coordinado por Liliana Bertoni, resulta de importancia, por compilar un conjunto de trabajos presentados por el GTP14, en el marco del VI Encuentro Internacional del Forum Universitario Mercosur, reunido a fines de 2007, señala Marcos Costa Lima en el prólogo de la obra cuyos principales tramos en su idioma original se reproducen a continuación.


O processo de integração do Mercosul, inaugurado pelo Tratado de Assunção em 1991 está muito próximo de completar sua maioridade. Uma avaliação rápida do processo demonstra avanços e recuos, aponta enormes desafios, mas também muitas perspectivas.

Acredito que o forte traço colonial que nos marca tem sido um elemento forte no andor da carruagem da integração regional. São dinâmicas lentas que avançam, no entanto, para um segundo patamar de concretizações, tanto do ponto de vista institucional quanto da participação democrática. Estamos conscientes de que há toda uma agenda a construir, mas a certeza da unidade já obtida e da compreensão da importância do que até o presente foi realizado nos impulsiona para um adensamento das conquistas e de que já atingimos uma certa maturidade.

Soubemos, por exemplo, responder às pressões da ALCA e ao projeto de hegemonia desejado pelos sucessivos governos dos Estados Unidos, demonstrando a viabilidade do Mercosul, que caminha para uma unidade sul-americana, o UNASUR.

A entrada da Venezuela no Bloco foi uma decisão da maior importância, não apenas pelas possibilidades econômicas que abre, mas também pela integração que permitirá para o norte da América do Sul, incluindo aí a região Amazônica, que carece de uma perspectiva regional de sustentabilidade ambiental e de justiça social. Ainda, a perspectiva de aproximação com as Guianas, e do ponto de vista infra-regional, trazendo para esta poligonal ampliada, a presença ativa da região Nordeste do Brasil e fazendo do Mercosul uma iniciativa que, geograficamente, deixa de ser um espaço restrito ao Cone Sul.

Se observarmos hoje a participação das regiões nas trocas comerciais mundiais, verificamos que a União Européia aprofunda sua integração, realizando mais de 65% de seu comércio intramuros, sendo que a Ásia +3 (incluindo China, Japão e Coréia) já atinge mais de 45%, o mesmo acontecendo na América do Norte. Neste sentido, os nossos paises sul-americanos necessitam de muito mais empenho e coordenação, uma vez que, do ponto de vista do comércio, o Mercosul não realiza hoje mais do que 15 %, internamente.

Pensar o desenvolvimento da América do Sul, com todas as suas assimetrias, representa um enorme desafio. Assimetrias demográficas, mas também em produção industrial, em termos de desenvolvimento energético e de ciência e tecnologia. Representa ainda a superação da imensa dívida social que cobre o conjunto da região. Assim, pensar a integração energética, mas também a conexão da rede de transportes –rodoviária, ferroviária e hidroviária – revela-se de grande urgência. Quando comparados os sistemas ferroviários, europeu e sul-americano, verificamos o imenso atraso em que nos encontramos e podemos também mencionar as energias eólicas e fotovoltaicas que os europeus têm sabido implementar como uma resposta que atenda, seja aos pleitos do aquecimento global seja àqueles de um transporte de massa rápido, com qualidade e conforto.

Temos sabido utilizar no Brasil a energia hidrelétrica, que corresponde a mais de 90% da energia do consumo brasileiro, como os argentinos têm usado em grande medida a termoeletricidade, mas a nossa cooperação energética tem avançado lentamente, para atender não apenas ao crescimento industrial, mas também ao bem-estar das famílias.

As mudanças que se processam politicamente na região depois de 2003 têm provocado não somente uma maior preocupação com os rumos da integração, mas o estabelecimento de medidas concretas para a consolidação dessa integração.

Aqui podemos relacionar a criação do Banco del Sur, em dezembro de 2007 em Buenos Aires; a Cúpula Energética Sul-Americana, ocorrida em Isla Margarita, na Venezuela, no início de 2007, quando os representantes dos governos para a Integração Sul-Americana entraram em consenso para utilizar de modo complementar os hidro-carburantes, os bio-combustíveis e a eletricidade, além de fomentar as alternativas eólica e solar, criando-se, para tal, o Conselho Energético Sul-Americano, com uma secretaria permanente em Quito, encarregada de traçar as diretrizes fundamentais para o aprofundamento da cooperação regional no setor.

A declaração de Margarita aponta também para a integração das infra-estruturas regionais capazes de estabelecer uma sistematização e avaliação do balanço energético sul-americano.

No mês de janeiro de 2008, o governo brasileiro publicou o Projeto de Lei que propôs a criação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), numa clara demonstração de compromisso com o processo em curso e de que estamos no rumo certo para fazer avançar a integração latino-americana.
Neste cenário, é importante assinalar a importância deste livro de uma cientista social, Liliane Bertoni, professora de Direito da Integração da Universidad del Salvador e da Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne, que coordena o Grupo de Pesquisa Permanente sobre Infra-Estruturas, do Fórum Universitário Mercosul – FoMERCO, uma rede científica que congrega pesquisadores de mais de 40 universidades da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela e que vem, há mais de 10 anos, debruçando-se sobre aspectos dos mais diversos e importantes da integração regional, entre outros a cultura, o meio ambiente, as instituições, a indústria, os serviços, as relações de trabalho, os aspectos democráticos, de equidade e políticos do Mercosul.

Presidente do Fórum Universitário Mercosul - FoMERCO; Membro da Comissão para a Criação da UNILA – Universidade Federal Latino Americana; Prof. do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco.


Acerca del libro “La infraestructura como centro de la integración sudamericana”

Podría decirse que este libro compila un conjunto de trabajos presentados en el Grupo Permanente de Trabajo N°14 que desarrolló su labor en el VI Encuentro Internacional de FOMERCO, realizado entre el 12 y el 14 de Septiembre de 2007 en la ciudad de Aracaju, Estado de Sergipe, Brasil. Sin embargo se trata de algo más, ya que reúnen el esfuerzo y la dedicación de un Grupo de especialistas de tres países que desde las distintas disciplinas, el derecho, la economía, las ciencias políticas y las relaciones internacionales han conjugando el análisis político, jurídico institucional y económico de la integración regional en América y han coincidido en reconocer que la visión estratégica de los Estados latinoamericanos respecto a la integración regional ha superado las barreras de lo meramente económico y comercial. Lo señala Liliana Bertoni en la presentación de la obra.

En un primer capitulo Liliana Bertoni considera que no se puede proyectar hacia adelante sin revisar las experiencias anteriores, bajo este parámetro analiza los antecedentes de la integración en el continente americano y destaca el carácter dicotómico que subyace en las experiencias integradoras que en ningún caso permitieron unir e identificar a América como un todo. Complementa el estudio aportando nociones generales y casos particulares de obras y proyectos de infraestructura que permiten ver el modo en que esta se ha relacionado con la integración regional y el desarrollo, para finalmente destacar el papel preponderante de la infraestructura en los nuevos proyectos de integración en el continente.

En el segundo capítulo Eloi Martins Señoras y Claudete de Castro Silva Viste abordan y desarrollan el contenido geopolítico y la noción de planeamiento territorial, sus antecedentes, y la incidencia de estos conceptos en la organización del espacio Sudamericano. Para luego bajo la óptica brasileña aportar una visión de la modernización de la infraestructura regional a través del análisis critico del Proyecto IRSA. Esta discusión pretende contribuir a una mejor comprensión del significado del territorio y las dinámicas regionales.

En el tercer capitulo Cristina Montenegro en colaboración con Christian Sommer analiza el Proyecto IRSA considerando su situación actual, poniendo en valor la relación existente entre la geografía, el desarrollo y la gestión político institucional. Aportando una visión crítica de la nueva geografía económica como señal de identidad de la revisión teórica –metodológica producida en nuestros tiempos.

El cuarto capitulo recibe el aporte de Jamile Bergamaschine Mata Diz en conjunto con Cristiane M. Franco quienes se introducen en el estudio de la Infraestructura energética mostrando un panorama amplio de la integración energética de América del Sur, en el que consideran la Región como la mayor reserva de recurso energéticos del mundo, destacando la diversidad de recursos naturales existentes. Completan su análisis con los avances institucionales en el continente en esta materia y las concreciones y proyectos físicos en funcionamiento.

El quinto capitulo recoge los conceptos que desde la Universidad Nacional de México han elaborado dos investigadores, Alejandro Álvarez Bejar y Nora Lina Montes quienes estudian la situación de los recursos energéticos, la posición de los hidrocarburos, y el impacto de los biocombustibles en el continente americano, abordando la necesidad de concretar estrategias y diversificar la provisión energética, aportando con su trabajo la situación y la perspectiva del sector desde México.

El sexto capítulo se introduce a partir del estudio de Irma Portos en el análisis de la infraestructura de las comunicaciones, donde la autora considera este sector y especialmente el de las telecomunicaciones como el que ha concentrado la intensidad del cambio tecnológico de nuestros tiempos impulsando una revolución intensiva en la manera de vivir. Tratando el impacto que este cambio ha tenido en los dos países económicamente mas fuertes y con el índice poblacional mas grande en América latina , México y Brasil.

En el séptimo capítulo, reafirmando la renovada atención que los Estados prestan al mejoramiento de la infraestructura física, Eduardo Panelo y Florencia Escudero presentan un ejemplo de la valoración estratégica que un Gobierno local, el Gobierno de la Provincia de San Luis, en la Republica Argentina, otorga a la necesidad de contar con una apropiada infraestructura de transporte como condición necesaria para el crecimiento e integración económica de esa provincia, tanto en el contexto nacional como internacional.

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